O ato MENOS JUROS E MAIS EMPREGOS. NÃO À “AUTONOMIA” DO BC! tem início às 11h, em frente à sede do BC, na Av. Presidente Vargas, 730
A CUT e demais centrais sindicais, movimentos populares e partidos políticos realizam nesta terça-feira (14), no Rio de Janeiro, um ato contra a taxa básica de juros (Selic) de 13,75% e a dependência do Banco Central (BC) ao capital financeiro especulativo.
O ato MENOS JUROS E MAIS EMPREGOS. NÃO À “AUTONOMIA” DO BC! tem início às 11h, em frente à sede do BC, na Av. Presidente Vargas, 730. Dezessete entidades e partidos políticos já confirmaram presença no ato: CUT, CTB, CSP, CSB, Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, Força Sindical, UGT, Levante, MST, PT, PCdoB, Psol, Sindicato dos Bancários do Rio, Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e Comitê dos Comitês Populares de Luta do Rio. As entidades consideram a chamada autonomia do BC uma farsa, porque a manutenção da taxa de juros no atual patamar trava o crescimento econômico, aumenta o desemprego e a fome e enche os bolsos dos rentistas.
Para o presidente da CUT-Rio, Sandro Cezar, o momento é propício para enfrentar o problema: “Chegou a hora de dar um basta nos juros extorsivos e no controle do BC pelos grandes especuladores, que só pensam em lucrar jogando na bolsa, sem gerar empregos. O Brasil precisa crescer e reduzir a desigualdade. A união das Centrais Sindicais e movimentos populares é para dar esse recado e sinalizar ao governo Lula que estamos juntos!”, afirma. De fevereiro de 2021 a dezembro de 2022, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 11 pontos percentuais, sem que a alta inflacionária tenha sido causada pelo aumento de demanda, mas sobretudo pelos preços administrados. Como revelou Jeferson Miola, em recente artigo no site Brasil 247, essa elevação da taxa de juros representou um gasto adicional para o Tesouro Nacional de R$ 410 bilhões somente nos últimos dois anos. O mercado financeiro esbravejou quando o atual governo encaminhou ao Congresso Nacional a PEC da transição para garantir cerca de R$ 170 bilhões para 30 milhões de beneficiários do Bolsa Família e para recompor os orçamentos da saúde, educação, cultura e ciência e tecnologia. “O mercado defende corte nos investimentos sociais para sobrar mais recursos para pagar os juros da dívida pública. A política de juros alto promove uma transferência de renda perversa, porque tira dos pobres para dar para os muito ricos. Enquanto as instituições financeiras e os fundos de investimento ganham bilhões de reais sem produzir um alfinete, a economia fica estagnada, sem gerar emprego e renda para os trabalhadores e trabalhadoras”, declarou José Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio. O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, está comprometido com o ex-presidente Bolsonaro, que deseja o fracasso do governo Lula, e com o capital financeiro especulativo, que lucra sem produzir nada. O resultado disso é o desaquecimento da economia, com alto risco de recessão. Se há autonomia do BC é em relação ao povo, ao trabalhador e trabalhadora com salários arrochados, aos que exercem trabalho precarizado, aos milhões de brasileiros desempregados e que passam fome.
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