O documento, chamado de fluxograma de manejo clínico, orienta que o início da hidratação deve ser imediato, logo após suspeita clínica
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) disponibilizou, em suas plataformas digitais, um material informativo para médicos e profissionais de saúde com orientações sobre atendimento e tratamento de pacientes com dengue. O documento, chamado de fluxograma de manejo clínico, orienta que o início da hidratação deve ser imediato, logo após suspeita clínica, seguindo um protocolo pré-estabelecido. O informativo está disponível para download em monitorar.saude.rj.gov.br e clicando em arboviroses.
O material de apoio foi atualizado no fim de 2023 pelo Ministério da Saúde, em Brasília, e sugere também que os fatores sociais sejam determinantes para prioridade no atendimento ao paciente. Em situações de vulnerabilidade social, a SES-RJ recomenda que as equipes de triagem avaliem junto ao paciente e/ou os acompanhantes a disponibilidade do acesso à unidade de saúde para possível retorno caso surjam sinais de alarme da doença como: dor abdominal, desmaio, vômitos persistentes e sangramento. Em todos os casos, o importante é adotar o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
O novo protocolo estabelece como premissa o início da hidratação antes mesmo da confirmação laboratorial. A partir da classificação de risco, o médico deverá indicar se a hidratação será feita por via oral ou venosa.
“O manejo clínico, ou seja, a forma como esse paciente será atendido pelo médico, é importantíssima para o sucesso do tratamento”, explica a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
“Tanto o fluxograma, quanto às orientações gerais sobre hidratação devem ser impressas e compartilhadas pelas unidades de saúde e nos consultórios médicos”, complementa a secretária.
O fluxograma de manejo clínico da dengue destaca que um caso suspeito é considerado suspeito quando pacientes relatarem febre, usualmente entre dois e sete dias de duração, e duas ou mais manifestações, como náusea, vômitos, dores de cabeça, erupções cutâneas e ou manchas avermelhadas, dores musculares ou nas articulações ou ainda dores atrás dos olhos.
Sobre o Monitora RJ
A página Monitora RJ traz orientações específicas para hidratação de crianças e adultos, via oral ou venosa. Médica da SES-RJ, Debora Fontenelle participa rotineiramente de encontros presenciais e remotos com profissionais dos municípios do estado do Rio e da rede estadual de saúde para atualização dos protocolos.
“É importante que médicos que não tenham atuado na assistência a pacientes com dengue nas epidemias anteriores fiquem atentos às quatro classificações de risco descritas no informe. Cada uma delas indica o manejo adequado, seja ambulatorial ou até mesmo de uma UTI, em casos graves”, explica Debora Fontenelle.
De acordo com a especialista, as instruções são fundamentais já que muitos médicos, sobretudo os mais jovens, não tiveram experiência com a doença ou epidemias de dengue.
“Durante esses encontros notamos muitas dúvidas, como as diferenças de hidratação, especialmente em pediatria. O aleitamento materno, por exemplo, deve ser mantido e estimulado e há critérios específicos de ml/kg para crianças, idosos e pessoas com comorbidades, como cardiopatia e insuficiência renal”, pontua.
Fonte: Governo RJ
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