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Itália, Espanha e Alemanha mantêm tendência de desaceleração do coronavírus

Países se preparam para a segunda fase da doença; Europa contabiliza 47.093 mortes


MADRI e ROMA — A taxa de infecções e mortes pelo novo coronavírus diminuiu novamente neste domingo em Itália, Espanha e Alemanha, mantendo o ritmo de desaceleração dos últimos dias. Na Itália, as vítimas fatais nas últimas 24 horas chegaram a 525, o índice mais baixo em duas semanas — uma redução de 25% em relação às mortes anunciadas no sábado.  Na Espanha,  o número de pessoas que morreram nas últimas 24 horas também caiu em relação ao sábado: 674 pessoas frente as 809 do dia anterior, e bem abaixo do recorde diário de 950 da última quinta-feira. Na Alemanha, o número de infectados aumentou 5.936 nas últimas 24 horas, chegando a 91.714 casos, a terceira queda direta na taxa diária de novos casos, segundo dados do Instituto Robert Koch, do governo.


Médicas do hospital La Princesa agradecem a aplausos de moradores em Madri: desaceleração dos casos de coronavírus Foto: SERGIO PEREZ / REUTERS



A tendência de queda nos números está diretamente ligada à adoção de medidas rígidas de isolamento impostas em março. A doença causou pelo menos 65.272 mortes em todo o mundo desde que apareceu em dezembro, na China, de acordo com um balanço feito pela AFP. Apenas na Europa, foram registrada 47.093 vítimas fatais.


Na Itália,  país mais castigado pela pandemia na Europa, 15.887 pessoas morreram, segundo as cifras oficiais. Há quatro semanas, os 60 milhões de italianos estão submetidos a medidas drásticas de confinamento. 


— São boas notícias, mas não deveríamos baixar a guarda — disse o chefe da Defesa Civil, Angelo Borrelli.


Segundo o chefe do Instituto Superior de Saúde, Silvio Brusaferro, a redução do número de mortos indica que a "curva começou sua queda". Há quatro semanas, os 60 milhões de italianos estão submetidos a medidas drásticas de confinamento.


— Se estes dados se confirmarem, teremos que pensar na fase 2, ou seja, no plano para reativar a Itália, que contempla a retomada de parte da atividade produtiva da terceira maior economia europeia. É um período de convívio com o vírus, por isso é importante manter as medidas que fizeram a curva cair.




Mais cedo, durante entrevista à NBC News, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disse que "desde o início da pandemia, a Itália colocou a saúde pública no topo das prioridades", o que tem contribuído para melhorar os números.


— Nossas escolhas políticas foram baseadas em evidências científicas. Neste momento, não sei dizer quando o bloqueio terminará. Estamos seguindo as instruções do comitê científico, mas a Itália foi a primeira nação a enfrentar a emergência. Nossa resposta pode não ter sido perfeita, mas fizemos o nosso melhor, com base em nosso conhecimento.


Na Espanha, as mortes chegaram ao total de 12.418 — a segunda maior marca do mundo depois da Itália, mas a tendência é de queda. No sábado, o primeiro-ministro Pedro Sánchez anunciou uma extensão da quarentena até 26 de abril para ajudar a combater a pandemia. O país inicia sua quarta semana de isolamento quase total. 


— Os dados da semana e hoje confirmam a desaceleração das infecções —  disse o ministro da Saúde, Salvador Illa, em entrevista coletiva. —  Confirmam que o confinamento está funcionando.


Illa confirmou que um milhão de kits de testes chegariam ao país entre domingo e segunda-feira e atuariam como "triagem rápida" em locais como hospitais e asilos, parte de um esforço para identificar a verdadeira extensão da pandemia da Covid-19.


O diretor da Organização Mundial da Saúde para a Europa, Hans Kluge, tuitou sobre a Espanha: "Otimismo cuidadoso como resultado de medidas ousadas, abordagens inovadoras e decisões corajosas".


Fonte: O Globo

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