Atos convocados pela CUT e pelas demais centrais sindicais acontecerão em frente às representações do Banco Central em diversas capitais do país
Roberto Parizotti
Por “Menos Juros, Mais Empregos”, trabalhadores e trabalhadoras voltam às ruas do país, em diversas cidades, nesta terça-feira (30), data em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne para anunciar a taxa de juros da economia brasileira (Selic). Atualmente, a taxa Selic é de 10,5% ao ano, a segunda mais alta do mundo.
A mobilização é convocada pela CUT e demais centrais sindicais. Os atos serão em frente às representações do Banco Central nas cidades em que a instituição está instalada e em locais de maior movimentação onde não há sede do BC. Veja lista dos locais abaixo.
Como a CUT vem afirmando, os juros altos endividam as famílias e também prejudicam os empresários que querem expandir seus negócios e até mesmo abrir novas vagas de emprego, entre outros prejuízos à economia do país.
O crescimento do país poderia estar melhor se a Selic estivesse mais baixa. Cada vez que os juros aumentam, aumenta o valor que ele tem que pagar aos credores, fazendo com que o governo brasileiro tenha menos dinheiro para realizar projetos e políticas públicas que melhorem a vida de toda a população.
Entenda a Selic
Por ter a finalidade de controlar e alcançar as metas de inflação do país, o Banco Central define, por meio da política monetária, qual a taxa de juros básica a ser aplicada no país. É conhecida como Selic e serve de referência para todas as transações financeiras realizadas, desde empréstimos pessoais a juros do cartão de crédito, passando por operações que movimentam a economia do país como os financiamentos destinados à produção nos mais diversos setores.
Ou seja, não somente o cidadão, mas também o setor produtivo – as empresas, o comércio, as indústrias, a agricultura e a pecuária também ficam submetidas a tal política.
Trabalhadores
Para o cidadão comum, os impactos mais cotidianos são sentidos na hora de pagar as contas. Um exemplo simples é quando o brasileiro, por conta do orçamento apertado, precisa entrar no rotativo do cartão de crédito. É a alta taxa de juros do Banco Central o ponto de partida para que os bancos e administradoras de cartões pratiquem a taxa ao ano e as empresas cobrem os juros em bens de consumo.
Confira onde haverá atos
Brasília
A CUT DF fará faixaço e panfletagem a partir das 7h, no Eixo L Sul, em frente ao Bacen. Às 16h, panfletagem na Plataforma Superior, próximo ao semáforo do Conjunto Nacional.
São Paulo
O ato está marcado, a partir das 10 horas da manhã, em frente ao Banco Central (BC), na Avenida Paulista nº 1804.
Veja os demais locais que terão atos
- Rio de Janeiro, 11h às 13h, no Largo da Carioca.
- Curitiba - 9h, na Praça Santos Andrade, no Centro.
- Fortaleza – 10h, em frente ao Banco Central
- Porto Alegre - às 10h, em frente ao BC, na Rua Sete de Setembro, nº 586.
- Belém – às 10h, em frente ao Banco do Brasil, na Avenida Presidente Vargas, Centro.
- João Pessoa/PB - em frente à agência da Caixa na Lagoa, Rua Miguel Couto, nº 221 – Centro.
- Pernambuco - às 9h, em frente à Caixa Econômica na Avenida Guararapes, centro.
- Salvador – às 9h, em frente ao Banco Bradesco, no Shopping Lapa.
- Teresina - a partir das 8h, na Praça São Pedro - Poty Velho.
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